terça-feira, 6 de março de 2012

"Um cappuccino, por favor" Sim, ela sabia falar, apesar de não ter plena consciência sobre a utilidade dessa ação no seu atual momento, mas aquele pedido no café da esquina lhe fez bem. Não importavam seus sentimentos, suas reflexões sobre o mundo, ela só queria tomar aquela bebida e aproveitar a garoa da noite que parecia acalmar cada partícula de poeira que fez bagunça o dia todo. E ela queria ser assim, como a chuva que aquieta tudo, queria ser um momento e ter a função de um momento. Queria que alguém parasse pra tomar um cappuccino e a observasse cair. Queria ser simples. Iria e voltaria quando lhe fosse proveitoso. Talvez tivesse a liberdade de voar ao sopro do ventos... Tudo pareceu tão atrativo que o cappuccino esfriou, assim como tudo que havia em si.

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