Não existe dia que isso não me venha à mente. A toda hora, todo momento, sinto o barulho que o vento faz aqui por dentro. Falta um beijo, falta um abraço, falta o timbre da voz mais acolhedora do mundo. E, se a ausência já se fazia presente, nesses últimos dias, então, faz questão de gritar chamando atenção.
Parece pouco, mas faz toda a diferença pra mim. Desde você, comecei a perder pessoas e não dá pra correr de algo que hora ou outra vai nos consumir.
É, tudo ficou mais difícil, e já fazem 5 anos, não?
Queria de volta os nossos momentos de silêncio, nossos projetos e sonhos, queria, ao menos, a oportunidade de poder realizá-los. Penas em tudo isso é simplesmente utópico...
Às vezes acho que deveria ser uma boa menina pra te ver de novo, mas às vezes... Deixa pra lá. Será que você ainda me vê? Será que existe algo depois de tudo, algo em que eu possa me apegar? Conversa comigo. Sabe quando cada um dos seus sonhos começam a desmoronar dentro de você mesma e você não tem ninguém que possa te ajudar? Espero tantas respostas, faz tanto tempo. Você disse que estaria sempre comigo.
Ontem a noite, te procurei na nossa fotografia, não te achei. Vi apenas uma lembrança, ou talvez, uma falsa memória. É tão ruim quando tudo começa ir embora contra sua vontade. Estou tentando guardar o máximo que posso.
Lembro-me de quando você parecia viver um pesadelo, acho que você me entenderia, hoje. Só queria acordar no seu colo, você me fazendo carinho... Meu quarto, nossa casa... Era tão bom, sinto tanta falta disso.
O mundo inteiro pode tentar entender o que estou sentindo, tolos...
Queria você aqui, dizendo que tudo o que vai, volta, que todo mundo vai voltar. Queria você aqui se orgulhando de quem me tornei...
Ei, mãe, ainda está me ouvindo?
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