Prometi esvaziar-me de tudo o que, irracionalmente, ainda aprisiono dentro de mim. Esvaziar-me de memórias, lembranças, como algumas que talvez nem se tenham real conhecimento, que existiram apenas pra mim. Assim como uma noite em prantos, sentada na esquina de um bar escuro, fechado. Na rua da sua casa, vendo você sair, passar por mim e não me ver. Naquele exato momento percebi que havia me tornado passado pra tudo o que vivemos. "Tudo" que nem foi tanto assim, mas foi tão especial que ultrapassou os limites da minha sanidade, da normalidade. À partir dali, te eternizei em tudo o que pude, tantas música, tantas formas de se expressar, tantos lugares que nunca mais consegui frequentar... A presença que você tem sobre tudo o que eu vivo é maior do que a minha própria. Sei lá, acabei abrindo uma gaveta pra você dentro da minha mente e quando percebi você já havia tomado conta do arquivo todo. Acabou por dominar o que penso, sinto e faço, acabou por me modelar às tuas necessidades, acabou por me fazer eternamente um porto seguro para o que você quiser. Um sentimento que se transformou e, ao invés de enfraquecer, só cresceu. Diferente, mas cresceu. Disso não te culpo, palavras ditas com o peito aberto não devem ser quebradas, assim como jamais direi nada contrário à minha fidelidade. Só que hoje, estou precisando do espaço que você ocupou. Não pretendo te despejar, apenas... Compactar (?) pra te manter em um lugarzinho bacana aqui dentro.
Talvez agora seja a hora de te resumir ao que você realmente é e liberar cada detalhe do que não consigo mais viver. Deve ser a hora de ouvir Vanessa Carlton sem desejar ansiosamente mudar de música, ou Não Vá Embora, ou 'N', ou todas as outras. Deve ser a hora de reaprender a caminhar no parque, de sair pra comer um lanche em qualquer dia 26 aí.
Sabe, a esperança é a última que morre, mas uma hora, querendo ou não, ela realmente morre. Hoje só existe eu, aqui e você, aí.
Acho que preciso de outra história, só que dessa vez, com um final feliz.
Lembrete: Apenas sou responsável pelo que escrevo, não pelo que entendem.
Talvez agora seja a hora de te resumir ao que você realmente é e liberar cada detalhe do que não consigo mais viver. Deve ser a hora de ouvir Vanessa Carlton sem desejar ansiosamente mudar de música, ou Não Vá Embora, ou 'N', ou todas as outras. Deve ser a hora de reaprender a caminhar no parque, de sair pra comer um lanche em qualquer dia 26 aí.
Sabe, a esperança é a última que morre, mas uma hora, querendo ou não, ela realmente morre. Hoje só existe eu, aqui e você, aí.
Acho que preciso de outra história, só que dessa vez, com um final feliz.
Lembrete: Apenas sou responsável pelo que escrevo, não pelo que entendem.
É, Mica, estamos na mesma fase... Gostei muito do texto. E é bem triste ter que usar o "Apenas sou responsável pelo que escrevo, não pelo que entendem". rs. Bom fim de semana.
ResponderExcluirApesar de supor que estar na mesma não seja uma coisa tão boa assim, obrigada por gostar. E sim, é triste ter que usar esse lembrete, mas né, é um tipo de coisa que não dá pra controlar... Enfim, bom fim de semana pra você também! Se cuide!
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