Interesso-me pelo que percebo através dos meus sentidos, pelo que vejo, toco, ouço, provo. Faço-o também pela razão. Desejo-o de alguma outra forma que não sei explicar. Traço planos, incoerentes, porém, meus. Movo-me pelo que podes me oferecer, seja isso da forma de conseguirá faze-lo. Algo tenho que ganhar com a nossa relação, e você, da mesma forma, vê o mesmo em mim, e em todas as outras pessoas. Todos agem da mesma maneira, padronizados por um "costume" consciente ou não. Relações baseadas nos diversos interesses que possuímos: monetário, sentimental, físico, intelectual etc. Seja de troca ou imparcial, seja compensatório ou não. São diversidades que nos movem, nos fazem viver em sociedade. Quem nada tem a oferecer, dificilmente estabelecerá relações consistentes, ficará à margem comendo migalhas. Quem muito tem a oferecer poderá ser sugado e acabar por não receber nada em troca. O meio termo seria bem visto se não fosse tedioso (aos meus olhos), altos e baixos são o que há de melhor, nada como subir ao mais alto das experiências sociais depois de levantar-se do mais profundo abismo. Enfim, somos uma comunidade independente, movidos puramente pelo interesse (não que isso seja mal).
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