Bom mesmo era o tempo em que eu dormia na casa da minha vó, ela ficava me contando histórias até o sono me levar pra bem longe. E depois de dormir assim, aconchegada entre as almofadas dos sofás, acordava com o som da panela de pressão cozinhando o feijão do almoço de logo mais. Era um tempo bom, onde eu não me preocupava com nada mais do que saber se tinha lição da escola pra fazer, ou se tinha arrumado a cama, não tinha que me preocupar com as fofocas, mentiras e falsidades das pessoas, aliás, naquela época nem existia isso, pra mim. Não tinha que me preocupar em acordar cedo pra ir ao trabalho, ou como fazer tal relatório. Ou ainda planejar coisas e ter que lutar pra realiza-las, eu tinha quem fizesse isso por mim. Psé, galera, é difícil crescer. Agora vejo o quanto fui tola ao querer que os meus tão sonhados 18 anos chegassem logo, parei e tô aqui, com um mês e poucos dias para completá-los e querendo, AO MÁXIMO, voltar para os meus 10 anos.

Pena que a vida não dá replay nos melhores momentos (ah se desse. AH se desse...).