Grama, que foi palco de tantas coisas. Grama testemunha de nossos beijos, toques, da nossa respiração ofegante. A grama na qual nos deitamos, na qual te pedi pra ser minha, que resistiu ao tempo, mas que, por diversas vezes, secou no tempo de chuva escassa. Grama que permaneceu, cresceu e foi cortada tantas e tantas vezes por pessoas que mal sabiam o que havia se passado ali, que representa o meu amor, que tentou abrigar outros personagens, mas que ficou marcada com as silhuetas do seu corpo sobre o meu. E são tantos pedaços de grama que já não sei se é possível transforma esses significados, não sei os limites de sua extensão, se virará um campo de perfeitas lembranças, ou se vai secar. Poderá se tornar uma rua, ou um quarto de um casal apaixonado. Ou pode ser pra sempre apenas grama, com todas as suas variações temporais inclusas nessa nostalgia.
E apesar de todas as indagações e suposições sobre o futuro daquele lugar, não quero mais me preocupar com isso. A única certeza que tenho é que hoje choveu, uma chuva de lágrimas intensas, e que amanhã será um dia de grama verde.
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