segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Rouba-te

Ela te rouba a fala,
as palavras que saíram dos seus lábios
e vieram para mim.
Rouba-te o ar, rouba-te o chão.
E rouba,
literalmente,
tudo o que é seu.
Rouba-te a paz
e os momentos tranquilos que você tanto queria preservar.
Rouba-te os discos,
as músicas preferidas,
os filmes, desenhos, poesias,
tudo quanto preferir ela faz questão de te roubar.
Rouba-te as comidas preferidas,
os lugares, os gostos e os cheiros.
Teus jeitos e trejeitos,
tuas linhas e expressões.
Roubou-te de mim
tantas e tantas vezes.
Rouba-te olhares que nunca serão meus.
Rouba-te tempo,
que passa.
Não tem volta.
Acabou.
Rouba-te mensagens.
Roubou toda a tua paciência,
essa tal que faz falta comigo.
Roubou-te sorrisos,
alguns que nunca conheci
e jamais conhecerei.
Essa ladra de você
que existe dentro de mim.
E você não faz nada,
nunca fará.

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