Não criei título, paragrafação, cor, tamanho ou tipo de letra, nem ao menos consegui juntar letras e palavras que fizessem algum sentido. Me senti bloqueada, como se tivesse voltado a ser a tal folha em branco da qual Locke falava, sem nenhum conhecimento adquirido e sem nada pra falar. Produzir qualquer fala, tornou-se angustiante. A vontade que dá é de espremer o cérebro e ver se sai alguma coisa, ou se ainda tem alguma coisa.
Daí (sim, eu usei "daí") você abre a página do Google e começa pesquisar sobre esse tal de "bloqueio criativo", acha milhões de informações diferentes e se confunde ainda mais. Li por aí que posso estar estressada, meio mal da saúde ou muito ocupada com coisas que não estão relacionadas à criatividade em si. Posso não ter embasamento pra minha escrita ou posso acreditar que não tenho. Posso estar perdida e sem saber o que falar, mas querendo falar alguma coisa. Dá pra entender?
Já segui todos os métodos que pesquisei, mesmo sem saber a existência deles anteriormente. Tentei evitar, relaxar, pesquisar algo legal, rever meu caderno em busca de alguma anotação, mas... difícil.
Acabei me tornando monossilábica, já cheguei num estágio que até sms não quero mais responder, só então percebi que a coisa estava séria mesmo. Então resolvi cair no óbvio quando se está assim, vamos escrever sobre o que te impede de escrever e até que dá certo. Vai virar rotina.
Odeio rotina.
Aí a gente chega a conclusão de que:
ResponderExcluir1º- Escrever sobre o que bloqueia, liberta;
2º- Se bloqueia, é porque incomoda;
3º- Se incomoda, não queremos falar sobre;
E o 3º item implica no 1º. E aí a gente vive num ciclo vicioso eterno. UHAUHA