Se não estiver afim de saber da minha vida, não leia.

Sabe, havia prometido pra mim mesma que não escreveria nada sobre isso aqui, mas se faz tão presente na minha vida, especialmente nessas ultimas duas semanas que passei em São Paulo que é impossível guardar só pra mim (como venho feito à uns 4 anos).

A saudade é uma coisa difícil de se lidar e de não doer quando é sentida. Não sei se vocês tem a noção do que é andar por lugares que lembram uma pessoa que... e ficar imaginando... Um buraco no peito, uma parte que falta. É realmente muito difícil ver cada objeto, cada pessoa, algo que traz momentos felizes e tristes pra mente, mais difícil é permanecer em determinados lugares esperando que a qualquer momento essa pessoa passe pela porta com um grande sorris dizendo que vai ficar tudo bem, estou de volta... alguém que diz algo sobre, que relembra sem ter a noção da dor que está causando, mexendo na ferida ainda incurada.

Eu digo que é difícil não ter mais por quem viver cada dia verdadeiramente uma vez que o "herói" não está mais por perto, é difícil ter que reconstruir a vida baseando-se em lágrimas...

Mais difícil que tudo isso é guardar tudo pra não ser tachado de "coitadinha que se faz de vítima". Ninguém sente essa dor pra falar qualquer coisa. Até entendo que deve ser chato ouvir toda hora sobre essa saudade, mas às vezes é preciso, às vezes as lágrimas simplesmente transbordam e a SAUDADE bate a coração e são em momentos como esses que escrevo.

Ser/parecer "forte" toda hora pode ser bom, mas dentro dessa fortaleza existem dores, lágrimas...

Enfim, só precisava expor esses sentimentos e que, apesar de tudo, a vida continua, sentimento de fim não deve ser levado à diante e que a vida ainda reserva coisas que nem sonhamos, novos motivos pra acordar a cada dia.

Talvez seja essa a função da saudade, não nos deixar esquecer do que nos é importante, mas nos avisar que a vida continua pra alguém.

Que fiquem registradas essas palavras nunca ditas com mais veracidade: MÃE, EU TE AMO!

sem mais....